sábado, fevereiro 08, 2003

invariavelmente confuso.

irremediavelmente envolvido. me desgasta ruminar essa noite, mais do que já fiz no ônibus. vai um trecho de noites brancas, de dostoiewski.

"você sente que por fim ela se cança, se esgota numa perpétua tensão, essa inesgotável fantasia. é que você cresce, ultrapassa seu ideal antigo: ele se esteriliza no pó, cai em ruínas, não há outra vida, é preciso então construí-la com essas mesmas ruínas. entretanto, a alma pede e reclama sempre um ideal! e em vão o sonhador rebusca nas cinzas de seus velhos sonhos, procura nessas cinzas apenas uma fagúlha para soprar, e com fogo novo reacender seu coração gelado e aí ressucitar tudo o que dantes era tão agradável, o que tocava a alma, o que fazia ferver o sangue, o que arrancava lágrimas dos olhos e enganava tão suntuosamente!"

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